Homossexualismo
(Pronunciamento feito no Fórum Convencional promovido pelo 5º ELAD - ENCONTRO DE
LÍDERES DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS. Rio de Janeiro, 23 a 26 de agosto de 1999.)
Introdução
Parecer sobre hermafroditismo para discussão no ELAD (Encontro de Líderes das
Assembléias de Deus) a ser realizado nos dias 24 - 27 de agosto de 1999, na sede
da CGADB, localizada à Estrada Vicente de Carvalho, 1085, Rio de Janeiro, RJ.
I. O que é Hermafroditismo?
A Bíblia silencia totalmente sobre o assunto e nada existe na literatura
evangélica sobre essa questão, talvez por ser algo muito raro. Na literatura
grega era muito comum, por causa do mito grego, Hermafroditos, "filho de Hermes
e Afrodite, amado de Salmacis, a ninfa das fontes onde ele se banhava. Ele
repeliu as tentativas de envolvimento de Salmacis, mas esta o enlaçou num abraço
apertado e suplicou aos deuses que transformassem as duas criaturas num corpo
único. Os deuses ouviram a súplica, e daí proveio a palavra "hermafrodita" para
uma pessoa combinando ambos os sexos num corpo único" (HARVEY, Paul. Dicionário
Oxford de Literatura Clássica Grega e Latina, Jorge Zahar Editor, Rio, 1987, p.
268). Como os mitos gregos são o resultado da atuação de uma imaginação ingênua
sobre os fatos da experiência tentando explicar os fenômenos naturais (Op. cit.,
p. 345), talvez isso seja uma tentativa para explicar a origem dos que hoje são
chamados hermafroditas.
A Enciclopédia Barsa diz:
Na mitologia grega, Hermafrodite era um jovem, filho de Hermes e Afrodite, que
os deuses transformaram em um ser metade homem, metade mulher, a pedido de uma
ninfa, que a ele queria ficar ligada para sempre.
Hermafroditismo é a condição do indivíduo que possui órgãos reprodutores tanto
femininos quanto masculinos. Plantas hermafroditas (como a maior parte das
plantas que dão flores) são chamadas monécias ou bissexuais. Animais
hermafroditas, principalmente invertebrados, como minhocas, lesmas, caracóis,
briozoários e trematódeos, são normalmente parasitas, de movimentos vagarosos,
ou estão permanentemente ligados a outro animal ou planta.
Nos seres humanos, o hermafroditismo é uma anomalia sexual rara, em que existem
gônadas de ambos os sexos. A genitália pode ter características dos dois sexos,
e os cromossomos apresentam mosaicismo masculino-feminino -- existência tanto
dos pares de cromossomos masculinos XY quanto dos femininos XX.
Nos casos de hermafroditismo humano, a escolha do sexo deve ser feita por
ocasião do nascimento, de acordo com o órgão sexual que predomina externamente,
por meio de uma cirurgia para remover as gônadas do sexo oposto. A genitália
remanescente é então reconstruída, para aparentar a do sexo escolhido.
Indivíduos com aparência externa de um sexo mas constituição cromossômica e
órgãos reprodutores do sexo oposto são exemplos de pseudo-hermafroditismo. Nos
seres humanos nessa condição, o indivíduo tem um único sexo cromossômico e
gonádico e características de ambos os sexos na genitália externa, o que gera
dúvida com relação ao seu verdadeiro sexo.
No pseudo-hermafroditismo feminino, o indivíduo tem ovários, mas apresenta
características sexuais secundárias ou genitália externa com aparência
masculina. Se a condição for identificada no nascimento, a criança pode ser
criada como menina, com um mínimo de reajustamento social. Pode-se utilizar
certos corticosteróides para evitar o desenvolvimento posterior da condição, e a
cirurgia para corrigir defeitos genitais residuais.
No pseudo-hermafroditismo masculino, o indivíduo possui testículos, mas as
características sexuais secundárias ou a genitália externa têm aparência
feminina. O distúrbio é identificado na puberdade, pela falta de menstruação. O
tipo mais comum é o da feminização testicular, que ocorre quando os órgãos
genitais são femininos e as características sexuais secundárias do sexo feminino
aparecem na puberdade, mas o padrão cromossômico é masculino. Nesse caso, a
criança é criada como menina. Outras formas de pseudo-hermafroditismo podem ser
alteradas para transformar o indivíduo num homem completo, e ser criado como
menino.
Como a Bíblia nada fala sobre o assunto e o hermafroditismo, nesse contexto, é
um problema de nascimento que pode ser corrigido depois com recursos da
medicina, não há nisso problema de ordem moral. O hermafrodita tem uma
inclinação para um lado, masculino ou feminino, nunca os dois. Sabendo, pois
qual essa tendência, nela é feita o tratamento, e a identidade sexual dessa
pessoa pode ser reconstituída. Não se trata, portanto, de uma sexualidade
artificial ou de mudança de sexo, mas de uma pessoa que nasceu com deformidade
física que a medicina corrigiu.
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